terça-feira, 28 de outubro de 2008

O Bando e O Fabinho

Marcos era um cara exagerado
Muitas palavras
E de sorriso largo
Envolvido em suas páginas
Nos nuances dos romances
Que adorava projetar
Um grande sonhador
Que com seu grande amor
Desenhava sua dor

Thiago era um cara enrolado
E vivia um mundo erado
Ao que estava destinado
Sempre regrado a um vício estático
E com olhos penetrados
Em imagens coloridas
Refletidas em seu rosto
Magro e mal barbado
Desenhando o seu gosto

Caio era um cara mais amargo
Sozinho em seu quarto
Acompanhado de histórias
Por todos os seus lados
Adormecido em seu berço
E com a TV ligada
Pensava que n´outro dia
Abriria-se uma estrada
Desenhando algria

Hebert era um cara apaixonado
Que vivia aprisionado
Em fardas e coturnos
Divididos em turnos
Diurnos ou noturnos
E a saudade destas ruas
Bate em seu peito
Em dias tão comuns
Desenhando os seus sonhos

Juninho era um cara alucinado
Sempre em transe virginoso
De marcas divertidas
Refletidas em seu riso
Tão constante no seu rosto
Avermelhado e contrastoso
Com seus óculos de grau
Assistindo a seus desenhos
Desenhando o banal

Fabinho era um cara atordoado
Com o se som antigo
E vocábulos extensos
Aflingido por amores impossíveis
E problemas de saúde
Que tiravam o seu sono
Trazia sempre folhas reviradas
De letras feias e pequenas
Desenhando suas músicas

O Bando e Fabinho
Se conheceram por uns jogos
E viraram bons amigos
Com cervejas e churascos
Regados a músicas e papos furados
Que divertem os ouvidos
De quem quiser ouvir