terça-feira, 8 de março de 2011

Ressaca de Carnaval

Fim de carnaval.Um breve descanso premeditado.Misturas em fluídos corporeos extasiados numa máxima popularidade concebida.
Pessoas sem nomes;rostos esquecidos.Apenas uma dança,de dois compassos,dia,noite,verão.Explícitos em parafrases.É só isso que irá restar.Amor se perde,mas logo volta,tentado retomar suas medidas estereótipadas.Voltam as rosas,os chocolates.Um romantismo esquecido vem em tom de desculpa e funesto arrependimento.Amigos se cruzam,sem tantos alardes,sem tantas disputas e com menos teor alcólico do que fora há dias atrás.
Enfim,a vida de volta aos eixos,aqueles mesmos que nunca funcionaram muito bem,mas que agora parecem algo completamente organizado e distante de loucuras imediatistas.Ressaca de carnaval:amor,sexo e amizades tentam se limpar disso.

sábado, 31 de julho de 2010

Efeito Colateral

A solidão sempre me foi uma grande felicidade.
Momentos de reflexão vazia que me deixaram por muitas vezes extasiado,isso era estar sozinho.
Porém agora ,ficar sozinho já não tem o mesmo cheiro.O que era bom se tornou fétido.Descobrir depois de anos que um beijo pode ser gostoso e não só uma mera oportunidade de agradar uma mulher para conseguir meu real objetivo,foi espantoso.
Não só espantoso,também foi utópico e realizador.
Mas como tudo tem seu efeito colateral,ficar sem essa nova experiência me traz algo diferente.
Me traz a falta de uma troca de salivas,uma falta que me faz achar até as duas ampolis do suco de cevadis algo bem chato.
País das maravilhas só serve quando se está nele...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Retomadas,aspirinas e Austrália

Não havia muito interesse em retomar minhas redações,porém,ao tomar minha aspirina para melhorar da gripe que contrai ontem e conversar virtualmente com uma pessoa me veio este sentimento.
Sem muitos assuntos pra redigir usarei de uma velha e famosa capacidade de exagerar em narrativas que nao chegam à lugar algum.
Há poucos dias nutri um ciúme do Continente Oceania que há muito não sentia por nada.
Uma Austrália recheada de seus cangurus e aborígenes toma de mim uma parte de minha vida que então é muito importante.
Culpa da relação trabalho/beneficio tão espantosamente distinta entre Austrália e Brasil.
E a gente segue,chegando em agosto com sabor de desgosto.

sábado, 7 de março de 2009

Amizades perdidas (volume 1)

A maioria das pessoas dizem que amizade é um sentimento.Além disso,adjetivam tal substantivo com termos como:Bonito,belo,lindo,majestoso,sublime...E o ponto ápice,fica impresso nas bocas e suas vozes que é o sentimento mais afetuoso,essencial e importante na vida das pessoas.

Mas aí fica a pergunta:quantas pessoas crêem nisso de verdade? É difícil de acreditar analisando friamente nossas situações.Quantos esquecem das amizades ao se deparar com uma paixão fugaz e carnavalesca.Quantos esquecem os amigos nas horas fácies e lembram deles nos momentos tortuosos?

E assim as amizades vão se desgastando,havendo conflitos,rixas,descompromissos,desculpas fúteis,desprezo,descrença.As palavras vão se tornando ácidas e de repente explodem.

Medir palavras é um talento que a metade das pessoas não consegue.A outra metade critica quem não sabe e não percebe que sabe menos que a metade que esta metade critica.

Complicar e descompassar.Siga seu ritmo com seu álibi compensatório e esqueça que um dia alguém esteve preparado para falar-lhe:Estamos aqui.

Morre uma amizade e você segue,será tão importante assim?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Meu Herói

Sempre tive muitos heróis.Cada um com sua faceta diferenciada.
Mas Camilo sempre foi um herói maior,pois não venceu lutas de corpo a corpo,nem compos músicas para ficarem gravadas na eternidade.Lutou contra a morte mesmo,e não por uma vez como podem pensar.Por diversas vezes ele esteve cara a cara com ela e disse assim:"Você me quer?Vai ter que lutar mnuito pra isso!"
Sempre com um sorriso no rosto ele foi lutando,contra comas,falta de plaquetas,venenos e amores.
É um grande vencedor,um lutador de nível superior,qual em figura masculina,jamais havia conhecido.
Um grande gentleman,exímio piadista,tão bom nessa arte que as vezes até incomoda.
É e sempre será o meu maior herói,que ainda terá muitas tardes e noites em claro,contando pra mim e ouvindo de mim histórias cômicas,tristes e eteceteras e tal.
Não importa em qual situação,não importa a cor e a marca da sua roupa,nem a falta ou o excesso de cabelo,ele sempre será o grande herói da minha vida e um grande amor,porque não dizer.
Te amo Camelódromo!

domingo, 2 de novembro de 2008

Dia de Finados

Confesso que o mês de Outubro foi um tanto quanto nebuloso para minha vida.
O de praxe no mês de maior desgosto pra mim,sempre foi assim.
Mas pela primeira vez novembro começa revigorante.
Principalmente nesse dia de Finados,uma data que lembra morte me traz uma esperança e uma felicidade renovadas.
HOje é dia de composições na casa do eva,creio que minha inspiração estará aguçada e poderei refazer músicas boas.Tão boas como as dos meus ídolos excedendo-se Beatles.
Reconheço meu talento e sei que posso alçar grandes vôos.

O dia mais feliz do ano esse dia de finados.
Um dia que começou Vermelho e branco e termina preto e branco.
Bem longe do azul que tanto me incomoda.

Um dia iluminado esse de Finados!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O Bando e O Fabinho

Marcos era um cara exagerado
Muitas palavras
E de sorriso largo
Envolvido em suas páginas
Nos nuances dos romances
Que adorava projetar
Um grande sonhador
Que com seu grande amor
Desenhava sua dor

Thiago era um cara enrolado
E vivia um mundo erado
Ao que estava destinado
Sempre regrado a um vício estático
E com olhos penetrados
Em imagens coloridas
Refletidas em seu rosto
Magro e mal barbado
Desenhando o seu gosto

Caio era um cara mais amargo
Sozinho em seu quarto
Acompanhado de histórias
Por todos os seus lados
Adormecido em seu berço
E com a TV ligada
Pensava que n´outro dia
Abriria-se uma estrada
Desenhando algria

Hebert era um cara apaixonado
Que vivia aprisionado
Em fardas e coturnos
Divididos em turnos
Diurnos ou noturnos
E a saudade destas ruas
Bate em seu peito
Em dias tão comuns
Desenhando os seus sonhos

Juninho era um cara alucinado
Sempre em transe virginoso
De marcas divertidas
Refletidas em seu riso
Tão constante no seu rosto
Avermelhado e contrastoso
Com seus óculos de grau
Assistindo a seus desenhos
Desenhando o banal

Fabinho era um cara atordoado
Com o se som antigo
E vocábulos extensos
Aflingido por amores impossíveis
E problemas de saúde
Que tiravam o seu sono
Trazia sempre folhas reviradas
De letras feias e pequenas
Desenhando suas músicas

O Bando e Fabinho
Se conheceram por uns jogos
E viraram bons amigos
Com cervejas e churascos
Regados a músicas e papos furados
Que divertem os ouvidos
De quem quiser ouvir